domingo, 28 de julho de 2013

Tomb Raider X The Last of Us: veja a comparação entre os games de aventura










The Last of Us e Tomb Raider são grandes games, com protagonistas críveis, enredos bem desenvolvidos e uma jogabilidade satisfatória. Comparar os títulos ultrapassa as barreiras convencionais da diversão, colocando na balança o peso dos seus desenvolvedores, a resposta dos jogadores e o legado que jogos podem deixar para a indústria dos games.



Confira o review completo de Tomb Raider e The Last of Us



Ellie, Joel e Lara protagonizaram dois dos principais jogos de 2013. (Foto: Montagem)
Ellie, Joel e Lara protagonizaram dois dos principais jogos de 2013. (Foto: Montagem)


História



O reboot de Tomb Raider apresenta uma Lara Croft jovem, percorrendo um enredo simples, porém muito bem amarrado. Sem correr grandes riscos a Crystal Dynamics apostou em uma história sem muitas reviravoltas, buscando sempre apresentar a evolução da protagonista até ela alcançar o status de caçadora de tumbas.



Acontecimentos na vida de Joel transformam personagem. (Foto: Reprodução)
Acontecimentos na vida de Joel transformam personagem. (Foto: Reprodução)


A ambientação de Tomb Raider é excelente, porém, o fato de restringir a aventura em apenas um local limita diversos aspectos que o título poderia explorar. A floresta viva entrega realismo ao título, embora grande parte das tumbas secretas apresentem um aspecto visual parecido.



O enredo de The Last of Us é bem mais complexo, com personagens humanos, auxiliado pela incrível tecnologia empregada na modelagem dos protagonistas e sua intensa forma de transmitir emoções. O jogo é cercado de reviravoltas, com sobreviventes entrando e saindo na trama, enriquecendo a história, e tornando o universo criado para a franquia ainda mais rico.



Lara navegava como uma menina inocente até encontrar a ilha. (Foto: Reprodução)
Lara navegava como uma menina inocente até encontrar a ilha. (Foto: Reprodução)


Por ser baseada em um fungo real, a história apresenta argumentos para que os jogadores acreditem na possibilidade de que ela aconteça. A evolução de Joel como personagem é algo incrível, apresentando nuances de caráter apoidadas nos marcantes acontecimentos que o levaram até ali, como a morte de Sarah, a briga com Tommy e a luta para sobreviver durante os últimos anos.



The Last of Us apresenta um enredo mais maduro, com personagens de diversas características e soluções distantes das convencionais. Tomb Raider traz uma proposta mais fechada, sem grandes surpresas, mas que funciona perfeitamente para apresentar a remodelada Lara Croft e a nova jogabilidade da franquia.



Gráficos



A perspectiva sobre os gráficos deve ser considerada de diversas formas, por isso, o resultado mais razoável desta disputa terminaria empatado. Comparar a versão para consoles do título, onde The Last of Us possui uma vantagem considerável, seria negar o incrível trabalho da Crystal Dynamics explorado na versão para PC de Tomb Raider.



Os dois títulos trazem elementos que impressionam, destacando a confecção dos personagens em The Last of Us e a riqueza de detalhes de Tomb Raider. Na aventura exclusiva do PlayStation 3, podemos observar um acabamento mais avançado, com destaque para os efeitos de chuva e o clima aterrorizante dos cenários dominados pelos esporos.



Florestas, tumbas e favelas exploram potencial gráfico de TR. (Foto: Divulgação)
Florestas, tumbas e favelas exploram potencial gráfico de TR. (Foto: Divulgação)


Em Tomb Raider podemos apontar como destaque a evolução visual de Lara Croft, que chegan a ilha como uma típica jovem americana e no final da campanha se transforma em uma verdadeira sobrevivente, com traços faciais mais marcantes e roupas desgastadas pelo clima hostil do local.



A composição dos cenários de The Last of Us é algo inédito, trazendo para os videogames um clima de devastação que só havia sido visto com tamanha profundidade em filmes. As cidades dominadas pelo lodo, a vegetação que invade estruturas de concreto e aço, as estações dos metrôs inundadas e a serenidade de um grupo de girafas que caminha como se Salt Lake City fosse um grande zoo, oferecem ao jogador uma experiência marcante.



The Last of Us traz gráficos detalhados. (Foto: Reprodução)
The Last of Us traz gráficos detalhados. (Foto: Reprodução)


A ilha onde Lara precisa sobreviver é viva. Animais de diversos tamanhos cruzam o cenário de forma natural. Embora a variedade de especies não seja tão grande como as encontradas em Far Cry 3, podemos observar ratos, coelhos, aves, veados e até os perigosos lobos. O ambiente traz ainda impressionantes quedas d’água, torres, uma complexa favela e  cenários dominados por seres místicos.



Inimigos



A variedade de inimigos é algo que não convence em nenhum dos jogos, embora The Last of Us consiga variar um pouco melhor durante todo o percurso os humanos e os infectados. Em qualidade dos adversários e variação das características, ambos oferecem uma experiência semelhante.



A fala mansa de David contrasta com as atitudes do personagem. (Foto: Reprodução)
A fala mansa de David contrasta com as atitudes do personagem. (Foto: Reprodução)


Entre infectados pelo Cordyceps, soldados em geral, prisioneiros da ilha e guerreiros Oni, precisamos destacar os vilões das tramas para servir como ponto de desempate. Em Tomb Raider, o perigoso Mathias, conhecido de maneira mais profunda através dos documentos coletados durante a campanha, não chega a gerar nenhum sentimento no jogador, embora represente um perigo significante para as intensões de resgate de Lara.



Padre Mathias, como é chamado pelos habitantes da ilha, pode ser considerado o principal vilão do game, já que a Rainha do Sol e a Guarda do Trovão aparecem de maneira mais subjetiva, oferecendo perigos apenas em uma parte específica da campanha. Um vilão lunático, sedento por poder, miliciano e disposto a tudo para governar não é algo inédito. Coringa e Vaas Montenegro podem confirmar a tese.



A Rainha do Sol e Mathias são os principais vilões de TR. (Foto: Montagem)
A Rainha do Sol e Mathias são os principais vilões de TR. (Foto: Montagem)


Em The Last of Us a linha que separa vilões e mocinhos é completamente turva. Todas as motivações são palpáveis, justificadas de maneira contundente durante a campanha. David precisou alimentar seu grupo, transformando todos em canibais em um momento crítico; quem não faria isso? Marlene tentou sacrificar Ellie em busca de uma vacina contra o cordyceps. Apesar de parecer completamente cruel a decisão é questionável.



A experiência oferecida pela Naughty Dog gera inúmeros questionamentos sobre desvios de caráter e a real motivação dos personagens, deixando que o jogador decida quem são os verdadeiros vilões da trama.



Jogabilidade



A jogabilidade dos títulos semelhantes, podendo até incomodar os usuários que pensarem um pouco mais sobre o assunto. A escuta aguçada de Joel é idêntica ao instinto de sobrevivência de Lara, o sistema de cobertura é parecido e, em apenas alguns casos, os títulos se distanciam um pouco mais.



Jogabilidade de Tomb Raider traz tiroteios intensos. (Foto: Divulgação)
Jogabilidade de Tomb Raider traz tiroteios intensos. (Foto: Divulgação)


A diferença das propostas é visível, podendo agradar jogadores de acordo com o gosto pessoal. Usuários que preferem uma abordagem com mais ação fatalmente irão optar pela jogabilidade oferecida por Tomb Raider. O ritmo frenético dos duelos contra os inimigos e a possibilidade de se encontrar um número maior de munição fazem de Lara Croft uma personagem agressiva, avançando na maioria dos casos em busca de batalhas diretas.



Embora também troque bastante tiros, Joel está em um universo com recursos mais escassos, tornando a jogabilidade 75% furtiva. Aqui não existe a possibilidade de se optar por uma abordagem inspirada nos filmes de Sylvester Stallone, exigindo que o jogador pense bastante antes de agir e seja o mais silencioso possível.



A pitada simples de RPG que parece virar rotina nos jogos lançados recentemente pode ser encontrada nos dois títulos. O sistema de evolução de habilidades influência diretamente no comportamento dos protagonistas, preparando os frágeis personagens para enfrentar inimigos mais poderosos de acordo com o andamento da campanha.



Se esconder antes de atacar é sempre a melhor solução em TLoU. (Foto: Divulgação)
Se esconder antes de atacar é sempre a melhor solução em TLoU. (Foto: Divulgação)


Os dois jogos trazem sistemas simples de quick time events, embora o recurso seja explorado de maneira mais abrangente em Tomb Raider. A mecânica oferece ritmo às cenas de ação, como na ocasião onde Lara será supostamente violentada ou quando Joel é empurrado na direção de um grande pedaço de vidro. Em ambos os casos o recurso é aplicado de maneira correta, ampliando a experiência sem parecer repetitivo.



Multiplayer – The Last of Us vence



As ferramentas produzidas pela campanha nem sempre funcionam no modo multiplayer, porém, em The Last of Us a receita parece ter ficado no ponto. Embora Tomb Raider também tenha transportado fatores decisivos do seu single player para os combates online, ao jogar conectado, fica a sensação de que o modo poderia ter sido lapidado um pouco mais.



Multiplayer explora funcionalidades da campanha. (Foto: Reprodução)
Multiplayer explora funcionalidades da campanha. (Foto: Reprodução)


The Last of Us traz um multiplayer complexo, unindo diferentes estilos de jogo, uma integração interessante com o Facebook, e uma jogabilidade balanceada para favorecer os usuários que decidem atuar em grupo; como fatalmente aconteceria no mundo real. Com uma movimentação mais cadenciada e objetivos que vão além do matar, salvar e morrer, os jogadores podem embarcar em uma interessante proposta de gerenciamento de um grupo de sobreviventes, além de liquidar alguns amigos.



O multiplayer de Tomb Raider é mais frenético, com adversários e parceiros se movimentando rapidamente com armas de grosso calibre e mais munição. A variedade dos modos de jogo também é satisfatória, com quatro opções alternadas entre Resgate, Mata-mata em equipe, Grito por ajuda e Cada um por si. Apesar das propostas interessantes o gameplay compromete o resultado geral.



Tirolesa é bem explorada no multiplayer. (Foto: Divulgação)
Tirolesa é bem explorada no multiplayer. (Foto: Divulgação)


Não é impossível se divertir com o multiplayer de Tomb Raider, mas é preciso fechar os olhos para alguns fatores, como variação da velocidade dos jogadores, som que compromete a identificação da localização dos tiros ,e um sistema de evolução questionável. Como destaque podemos apontar a transição entre os níveis dos cenários.



Conclusão



O tempo de produção pode ter influenciado em um resultado satisfatório para The Last of Us, que teve data de lançamento adiada diversas vezes pela Sony. A utilização da consagrada engine de Uncharted também pode ser um dos responsáveis pelo sucesso do game.



Embora The Last of Us pareça um pouco mais completo e bem acabado, Tomb Raider é obrigatório para os fãs de jogos de aventura. O título traz uma protagonista marcante, uma excelente jogabilidade e um enredo que não compromete a experiência.



Divirta-se com estes dois títulos que exploram o melhor que os consoles atuais podem oferecer.



Qual game você prefere? Tomb Raider ou The Last of Us?




Até o próximo Melhor do Planeta

Fonte: http://www.techtudo.com.br/jogos/noticia/2013/07/tomb-raider-x-last-us-veja-comparacao-entre-os-games-de-aventura.html

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